Jornal Estado de Minas

Conservadores americanos defendem Cain das acusações de assédio

Pré-candidato do Partido Republicano foi acusado de assédio sexual na década de 90

AFP
As acusações de assédio sexual que envolvem o pré-candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Herman Cain, ficaram novamente no centro da política dos EUA, após conservadores terem partido na defesa do pré-candidato.

Cain tem apresentado sua longa experiência como empresário e executivo para argumentar que tem as credenciais adequadas para ser o próximo presidente dos EUA, durante um período de forte crise econômica - ele tem uma mensagem contra os impostos que encontra profunda ressonância entre os conservadores americanos.
O chefe do conservador Media Research Center, Brent Bozell, disse que as acusações de assédio sexual contra Cain, as quais ele nega, são uma história de "linchamento high-tech" que ele estaria sofrendo da parte da mídia. Mas Cain está novamente na defensiva, após uma matéria publicada no website Político ter dito que a Associação Nacional dos Restaurantes fez acordo financeiro na Justiça com duas empregadas que acusaram o executivo da Geórgia de comportamento sexual inadequado, quando ele chefiou as duas.

Na segunda-feira, Cain declarou que foi acusado falsamente de assédio sexual na década de 1990, quando ele foi executivo da rede de fast-food Burger King e depois de uma rede de pizzarias. Ele disse que as acusações que estão emergindo agora são parte de uma "caça às bruxas". Ele não deu respostas precisas, contudo a respeito de possíveis acordos judiciais que teriam sido feitos com mulheres que entraram com as queixas.

Cain, que é mais conhecido nos EUA por ter comandado a rede de pizzarias Godfather's Pizza, entre o final da década de 1980 e os anos 1990, atraiu a atenção do mundo político americano quando saiu da obscuridade quase total para o topo das pesquisas dos pré-candidatos republicanos. Ele agora compete com Mit Romney, que há bastante tempo é considerado o principal pré-candidato dos republicanos à presidência.