A polícia cubana deteve nesta terça-feira o dissidente Guillermo Fariñas, quando tentava visitar no hospital um opositor que faz greve de fome, informou sua mãe, Alicia Hernández.
Fariñas, que recebeu o Prêmio Sakharov 2010 do Parlamento Europeu após 135 dias de greve de fome para exigir a libertação de presos políticos, foi preso na entrada de um hospital da cidade de Santa Clara, 270 km a leste de Havana, segundo Hernández. "Outra pessoa que estava com ele, chamada Soto, revelou que quando foram entrar (no hospital) os agentes disseram que não e houve uma confusão, quando o detiveram".
Fariñas foi "imobilizado, agredido e levado a uma unidade da Polícia Nacional", disse Hernández.
O presidente da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Elizardo Sánchez, confirmou a prisão de Fariñas com outros ativistas que foram ao hospital para visitar Alcides Rivera, o dissidente que faz greve de fome.
"Efetivamente, por volta das quatro da tarde, ele (Fariñas) e vários outros foram detidos na cidade de Santa Clara", disse Sánchez à AFP. "Até o momento continua detido", revelou Sánchez por volta da 22H00 (Brasília).