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Estado de Minas

Forças sírias matam 20 em Homs, apesar de acordo com a Liga Árabe

Repressão que já causou a morte de cerca de 3.000 pessoas desde meados de março, segundo a ONU, continua.


postado em 03/11/2011 14:29

Vinte civis foram mortos a tiros nesta quinta-feira pelas forças de segurança em Homs, no centro da Síria, no dia seguinte à decisão tomada por Damasco de aceitar um plano árabe para pôr fim à repressão, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Vinte civis foram mortos nesta quinta-feira em diferentes bairros da cidade de Homs, onde o barulho dos tiros ainda podia ser ouvido", indicou a ONG no final da tarde. Pouco antes, o OSDH havia indicado sete mortes em Homs. O poder sírio aceitou sem reservas o plano para sair da crise que prevê o fim total da violência, a libertação das pessoas presas pela repressão, a retirada das Forças Armadas das cidades e a livre circulação de jornalistas e observadores internacionais antes da abertura de um diálogo político entre o regime e a oposição. As forças de segurança síria, como todos os dias, continuaram efetuando prisões. "Mais de 80 pessoas foram detidas nesta quinta-feira ao amanhecer em Deir Ezzor e em locais próximos", explicou o observatório. Em contrapartida, milhares de sírios fizeram uma passeata em apoio ao presidente Assad na cidade litorânea de Tartus. A televisão pública informou que "milhares de pessoas se manifestaram em apoio à decisão nacional de rejeição a qualquer ingerência internacional". Contudo, os militantes pró-democracia continuam céticos quanto às "verdadeiras intenções" do governo. "Estamos satisfeitos com os esforços da Liga Árabe para acabar com o derramamento de sangue dos sírios e para nos proteger dos tiros efetuados pelo Exército e forças de segurança, (...) mas duvidamos do regime e da aceitação das cláusulas do plano" árabe, declaram os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que organizam a contestação nos locais. De acordo com os LCC, se os diferentes pontos do plano árabe forem aplicados "isso permitirá que mais grupos e pessoas expressem suas verdadeiras posições políticas ao se juntarem as manifestações pacíficas nas ruas da Síria".


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