O governo irlandês anunciou, na noite desta quinta-feira, por razões econômicas, suas embaixadas no Vaticano e no Irã, assim como seu escritório de representação no Timor Leste. "Com a finalidade de responder aos objetivos do programa da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional e restabelecer os gastos públicos em um nível viável, o governo se viu forçado a fazer cortes em vários serviços públicos", explicou em um comunicado o ministério irlandês de Relações Exteriores. O plano de ajuda à Irlanda da UE e do FMI é pela quantia de 85 bilhões de euros.
"O governo decidiu, lamentando muito e com grande reticência, fechar as embaixadas da Irlanda no Vaticano e no Irã, assim como seu escritório de representação no Timor Leste", acrescentou, afirmando que "nenhum setor dos gastos do governo" podia evitar fazer economia. "Mesmo a embaixada do Vaticano sendo uma das missões mais antigas, não reporta nada com relação ao que se investe. O governo avalia que os interesses irlandeses no Vaticano podem ser representados por um embaixador não residente", segundo comunicado do Ministério. No entanto, a decisão de fechar a embaixada irlandesa no Vaticano ocorre em um momento em que as relações entre os dois países estão tensas. Dublin critica a Cidade do Vaticano por ter acobertado os abusos recentes cometidos por pedófilos na Irlanda. Com relação ao Irã, onde a Irlanda tem embaixada desde 1976, "os volumes comerciais" com este país "não estão à altura do esperado", explicou Dublin para justificar sua decisão.