Os opositores sírios, que continuam pedindo a saída do presidente Bashar al Assad, e os países ocidentais expressaram dúvidas de que o regime chegue a aplicar o plano aceito em 2 de novembro sobretudo porque desde nesse dia, a repressão matou mais de 50 pessoas.
O plano prevê o fim total da violência, a libertação das pessoas detidas durante a repressão, a retirada do exército das cidades e a livre circulação dos observadores e dos jornalistas internacionais, antes da abertura de um diálogo entre o regime e a oposição.
Umas "553 pessoas detidas durante protestos na Síria e que não têm sangue nas mãos foram libertadas", anunciou a agência oficial Sana, reforçando que estas libertações ocorreram por ocasião da festa muçulmana de Al Adha (Dia do Sacrifício).
A fonte mencionou, ainda, "a libertação recente de outros 119 detidos", sem dar maiores detalhes.
As associações sírias de defesa dos direitos humanos e a ONU calculam em milhares o número de pessoas detidas na repressão da revolta, iniciada em 15 de março. Mais de três mil morreram, segundo as Nações Unidas.
Tanto a oposição síria quanto o Ocidente estão convencidos de que o regime de Assad perdeu a credibilidade reprimindo com violência a revolta após ter prometido reformas que não chegaram a se concretizar e libertado apenas centenas de detidos, em junho, apesar de ter anunciado uma anistia geral.
Este sábado, as forças do regime continuaram suas operações de rastreamento e dispersaram à força vários protestos.
Pelo menos três civis morreram atingidos por disparos em Homs (centro) e quatro "milicianos" pró-regime perderam a vida em confrontos com supostos desertores em Saraqeb (noroeste), segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).