A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Victoria Nuland, disse que o governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad, começa a contabilizar os impactos das sanções impostas ao país. Segundo ela, aumentou o número de militares que desertaram e há efeitos sobre a economia síria.
Em abril, o governo dos Estados Unidos e a União Europeia (UE) aprovaram medidas de restrição econômica e comercial à Síria. As sanções foram adotadas como pressão a Assad que é acusado de usar de violência e repressão contra os manifestantes que criticam seu governo. “Recebemos informações e relatórios da embaixada sobre os efeitos [das sanções] nas finanças do regime”, disse Nuland.
De acordo com a porta-voz, o fluxo de dinheiro na Síria está reduzido. Segundo Nuland, as sanções pretendem obrigar “a pensar duas vezes” aqueles que continuam a apoiar Assad e a sua tática. Há um mês a Rússia e a China vetaram a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) condenando a Síria.
Em agosto, o grupo estatal russo Rosoboronexport anunciou a decisão de manter o envio de armas para a Síria, aproveitando a falta de uma proibição multilateral. A porta-voz norte-americana criticou, sem fazer menções diretas, os “países que continuam a vender à Síria armas, que ela emprega agora contra o seu povo”.