Os Estados Unidos demonstraram satisfação quanto ao acordo alcançado pela Grécia para a adoção de novas medidas de austeridade, mas ressaltaram que o próximo governo de Atenas terá que cumprir todas as condições estabelecidas para o resgate do país de maneira rápida.
O plano, aprovado na madrugada do dia 27 de outubro em Bruxelas, prevê uma ajuda total de 130 bilhões de euros (entre créditos e garantias), além de uma dedução de 100 bilhões de euros de dívidas de um total de 350 bilhões. Em contrapartida, Atenas deverá se submeter a um plano de rigor e aceitar ficar sob tutela.
Lucas Papademos, ex-diretor do Banco Central Europeu (BCE), braço direito de Jean-Claude Trichet, e conselheiro de Papandreou, será, segundo a imprensa local, o novo primeiro-ministro.
Outros nomes foram evocados para ocupar o cargo, como Nikiforos Diamanturos o representante grego no Fundo Monetário Internacional, Panayotis Rumeliotis.
Segundo o diário pró-governamental, Ta Nea, Papademos impôs, como condição à sua renúncia, ocupar o cargo de ministro das Finanças. O atual titular é Evangeles Venizelos.
Samaras disse em várias ocasiões ser favorável ao resgate europeu. Contudo, considerou que o contínuo aumento dos impostos terá consequências negativas na retomada do crescimento econômico.
"A Grécia avança lentamente, apesar da pressão da União Europeia", afirmou o jornal, que expressou a "decepção" quanto à "incapacidade de Papandreou e Samaras em chegar a um acordo sobre um novo governo".
Por sua vez, o jornal financeiro Naftemporiki sublinhou que "as pressões da Europa" servem para que os dois partidos acordem e formem um governo.