Um alto funcionário dos Estados Unidos afirmou que o Irã deve responder às preocupações manifestadas pelos técnicos da missão das Nações Unidas e assinalou que seu país consultará seus sócios sobre eventuais medidas "adicionais" para pressionar o governo iraniano.
Linha do tempo da crise nuclear iraniana:
- 8 de agosto: Poucos dias após a posse do presidente ultraconservador Mahmud Ahmadinejad, o Irã retoma suas atividades nucleares em sua fábrica de conversão de urânio de Ispahan (centro), suspensas desde 2004 após um acordo com a UE-3 (França, Alemanha e Grã-Bretanha).
2006
- 10 de janeiro: Irã rompe os lacres de várias instalações de pesquisa nuclear.
- 5 de fevereiro: Irã suspende a aplicação do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação.
- 11 de abril: Irã anuncia que realizou seu primeiro enriquecimento de urânio (3,5%), e depois 4,8% em maio.
- 31 de julho: O Conselho de Segurança da ONU vota a resolução 1696 que exige que o Irã pare com suas atividades de enriquecimento até o dia 31 de agosto sob pena de sanções.
- 23 de dezembro: Sanções econômicas da ONU (reforçadas em março de 2007 e em março de 2008).
2007
- 9 de abril: Irã anuncia que passou ao enriquecimento industrial.
2008
- 26 de julho: Ahmadinejad declara que o Irã possui de 5 a 6 mil centrífugas.
2009
- 9 de abril: Irã inaugura em Ispahan a primeira usina de fabricação de combustível nuclear e anuncia que já instalou 7 mil centrífugas em Natanz (centro).
- 5 de junho: Irã acumulou 1.339 kg de urânio fracamente enriquecido UF6, estima a AIEA (cerca de 2.065 kg atualmente).
- 25-28 de setembro: A revelação de uma instalação secreta de enriquecimento em Fordoo, próximo a Qon (centro), provoca um escândalo.
- 21 de outubro: A AIEA propõe a Teerã que entregue uma grande parte de seu urânio levemente enriquecido (3,5%) para a Rússia, responsável por enriquecê-lo a 19,75% antes de ser transformado na França em combustível para o reator de Teerã. Esta oferta é negada no dia 18 de novembro.
- 27 de novembro: A AIEA condena o Irã por seu programa nuclear.
- 29 de novembro: Teerã anuncia que quer construir dez novas fábricas de enriquecimento e produzir urânio enriquecido a 20%.
- 12 de dezembro: O Irã propõe uma troca simultânea de combustível enriquecido a 3,5% e 20% por lotes de 400 kg. As grandes potências a rejeitam.
2010
- 9 de fevereiro: Irã começa a enriquecer urânio a 20% em Natanz.
- 18 de fevereiro: A AIEA está preocupada com as informações segundo as quais o Irã poderia estar fabricando uma bomba atômica.
- 1 de março: Rússia está de acordo com novas sanções, mas "específicas".
- 17 de março: Irã está disposto a trocar em apenas uma ocasião, em seu território, 1.200 kg de seu urânio enriquecido a 3,5% contra 120 kg de combustível a 20%.
- 31 de março: China aceita negociar na ONU eventuais sanções.
- 6 de maio: Irã convida os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU para um jantar em Nova York.
- 11 de maio: A Alta Representante da UE para Relações Exteriores, Catherine Ashton, afirma que está disposta a discutir diretamente com o Irã, que aceita.
- 17 de maio: Irã, Turquia e Brasil adotam uma proposta de troca em território turco de combustível nuclear iraniano tendo como contrapartida urânio enriquecido a 20%. Entretanto, as autoridades iranianas afirmam que continuarão enriquecendo urânio a 20%.
- 9 de junho: a ONU amplia as sanções. Em 1º de junho, o presidente Barack Obama promulga uma lei que prevê sanções muito claras. No dia 26, a UE reforça suas sanções.
- 21 de agosto: Teerã começa a carregar a primeira usina nuclear iraniana, construída pela Rússia em Bushehr (sul).
- 5 de dezembro: o Irã anuncia a primeira produção de pó de urânio.
2011
- 22 de janeiro: fracassam, em Istambul, as negociações entre o Irã e os Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha (grupo 5%2b1), que foram retomadas em dezembro, em Genebra, após 14 meses de interrupção.
- 23/24 de maio: a UE reforça suas sanções. Novas sanções americanas.
- 19 de julho: o Irã anuncia a instalação de centrífugas mais rápidas.
- 22 de agosto: o Irã anuncia a transferência de centrífugas de Natanz para Fordoo.
- 2 de setembro: a AIEA dá conta de informações sobre a possível dimensão militar do programa iraniano, indicando que desde fevereiro de 2007 o Irã produziu 4.543 kg de urânio levemente enriquecido em Natanz.
- 22 de setembro: Teerã diz estar disposto a reduzir o enriquecimento a 20% se as potências ocidentais fornecerem o combustível, proposta considerada por Washington "uma promessa vazia".
- 6 de novembro: a AIEA indica que tem "sérias inquietações" sobre o caráter militar do programa iraniano.