Algumas, de acordo com o chef, não tinham tanta sorte e saíam dos aposentos do ex-ditador direto para o hospital para receberem atendimento médico. As vítimas eram escolhidas na Universidade de Trípoli, onde ele dava palestras e, em seguida, levava as jovens a uma sala com uma cama de casal. O vício de Kadafi em sexo fez com que médicos pedissem que ele reduzisse a dose que tomava diariamente de pílulas de Viagra.
Além disso, um funcionário do regime líbio foi enviado a Paris uma vez para comprar um equipamento que prometia aumentar o tamanho do órgão sexual masculino. A vaidade do ditador também obrigava empregados a pintar o cabelo dele, cobrir as partes carecas de seu couro cabeludo e usar maquiagem para esconder as rugas em seu rosto, as quais também tratava com produtos com base de chá verde.
Decisão hostil Os novos governantes da Líbia pediram que o Niger reconsidere sua decisão hostil de conceder asilo para Saadi Kadafi, filho do ditador Kadafi. “O Níger não deve se tornar um asilo para criminosos. Nós pedimos que o país reveja esta decisão injusta”, disse Abdel Hafidg Ghoga, vice-presidente do Conselho Nacional de Transição e porta-voz das novas autoridades. “Se o Níger vai abrigar criminosos procurados pela lei, essa decisão hostil e injustificada vai afetar nossas relações”, disse ele.
O presidente do Níger, Mahamadou Issoufou informou sexta-feira que seu país decidiu conceder asilo para Saadi Kadaf por razões humanitárias. Saadi, de 38 anos, fugiu da Líbia pela fronteira sul em direção ao Níger durante a tomada de Trípoli, que encerrou os 42 anos de governo autoritário do seu pai. O governo líbio quer que Saadi Kadafi seja julgado por crimes supostamente cometidos quando era presidente da federação de futebol do país. O primeiro-ministro do Níger, Brigi Rafini, disse em setembro que não há chance de extraditar Saadi, ao menos até que ele tenha a garantia de um julgamento justo na Líbia.