Monti afirmou que algumas das medidas que ele discutiu com os políticos hoje "não são agradáveis" mas poderão ser adotadas como parte de um plano mais amplo para recuperar a economia italiana, a terceira maior da zona do euro.
Monti também se reuniu hoje com líderes empresariais, sindicalistas e lobbies da indústria italiana. Segundo ele, todos estão "abertos a sacrifícios parciais" para o bem comum da Itália, que ameaça ser arrastada pela crise da dívida.
Enquanto um imposto sobre os mais ricos poderá não ser tão efetivo quanto muitos dos seus defensores acreditam, a lógica é que "seria visto como um imposto sobre os ricos, o que o tornaria mais socialmente aceito pelos contribuintes de renda menor, que serão afetados por cortes de gastos do governo", disse o economista Luigi Speranza, do banco BNP Paribas.
Muitos economistas esperam que Monti tente mudar rapidamente o sistema previdenciário italiano, cortando benefícios para trabalhadores que estão perto da idade da aposentadoria.
Na semana passada, Napolitano nomeou Monti senador vitalício e abriu caminho para que o economista lidere um novo governo, após a queda de Berlusconi. Monti insiste que já possui uma ampla maioria parlamentar para governar.
Ele recebeu hoje vários sinais de apoio político dos senadores e deputados, embora a maioria dos partidos tenha dito que não deseja participar do governo, que deverá durar até 2013, quando ocorrerão eleições. Monti disse estar confiante de que a Itália irá superar a crise atual.