O Brasil pretende participar de forma mais ativa dos esforços para a reconstrução e o desenvolvimento do Haiti por meio de ações específicas para consolidar as instituições democráticas no país e estimular sua autonomia, por meio de parcerias, em áreas estratégicas como energia, agricultura, saúde e educação.
A afirmação é do novo embaixador do Brasil no Haiti, José Luiz Machado e Costa. Ele disse à Agência Brasil que recebeu orientações do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
“O Brasil vai intensificar o apoio ao Haiti, no esforço para que o país fortaleça suas instituições e desenvolva-se economicamente e em paz”, disse Machado e Costa, cuja indicação para o cargo foi aprovada na semana passada pelo Senado. “O governo brasileiro tem cerca de 30 projetos de parceria com o Haiti e o objetivo é apoiar principalmente as áreas agrícola, de saúde e educação, além de infraestrutura e energia.”
O Haiti é o país mais pobre das Américas, com problemas de infraestrutura básica – rede de esgotos e fornecimento de água potável - , de violência interna, ausência de instituições sólidas e instabilidade política e econômica. Com pouco mais de 8 milhões de habitantes, que falam francês e crioulo (dialeto local), a situação no país se agravou com o terremoto de 12 de janeiro de 2010, de magnitude 7 graus na escala Richter.
O terremoto matou cerca de 220 mil pessoas, entre elas Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e 18 militares brasileiros. O governo e a população do Haiti, com o apoio externo, tentam reconstruir o país que ficou em ruínas. Paralelamente, os problemas que existiam se acentuaram, como o analfabetismo, que atinge 45,2% da população, e a expectativa de vida, que é apenas 60,9 anos.