A 6,975%, a taxa concedida pelo Tesouro espanhol para emitir 3,563 bilhões de euros em dez anos é, não só muito perto do nível de 7%, considerado perigoso pelos analistas, mas também um recorde desde a criação da Eurozona, de acordo com a DowJones Newswires.
Este aumento do custo da dívida era esperado, dado que a Espanha viveu por alguns dias um novo episódio de estresse do mercado, causado pelo contágio da Grécia e da Itália.
O líder conservador Mariano Rajoy, provável vencedor das eleições, não esperou até domingo para pronunciar palavras tranquilizantes para o mercado. "Nós temos que cortar tudo", com exceção das pensões, a fim de atender a redução do déficit público, prometeu em uma entrevista publicada nesta quinta-feira no El País.
"O plano de estabilidade apresentado em Bruxelas estabeleceu um compromisso de ter um déficit de 4,4% (do PIB em 2012). Minha vontade é de realizar isso. Todo mundo tem que saber que será prioridade para meu governo atender os compromissos que a Espanha assumiu em Bruxelas", disse o líder da oposição conservadora.
"Temos de suprimir muitos organismos autônomos, teremos que fazer muitas coisas e teremos que cortar onde pudermos", disse ele, sem especificar números.