Terceira maior economia europeia, atrás apenas da Alemanha e França, a Itália tem uma dívida de 1,9 trilhão de euros e está com taxas de empréstimo para o Estado em torno de 7%. “Nós devemos convencer que tomamos o caminho da redução, gradual mas permanente."
Após dois planos de austeridade, em julho e setembro, Monti, que também comandará o Ministério das Finanças, disse que estuda novas medidas para atingir o objetivo de um equilíbrio orçamentário em 2013. Uma das propostas é a volta da aplicação do imposto sobre a residência principal, considerada por ele uma “aberração italiana”. A taxa foi suspensa por Silvio Berlusconi, o ex-primeiro-ministro.
Nessa quinta-feira, ao discursar por 40 minutos, Monti foi interrompido 17 vezes por aplausos. “´ tornar a economia menos esclerosada, favorecer o surgimento de novas empresas, melhorar a eficiência dos serviços públicos e estimular o trabalho para jovens e mulheres”, disse.
"A Itália deve investir nos seus talentos, nos seus jovens e fazê-los orgulhosos de seu país". Monti acrescentou que novos sacrifícios serão feitos, mas de maneira equilibrada para que sejam aceitos pela população.
No novo pacote de austeridade, Monti quer incluir medidas de reforma do sistema previdenciário, considerado um dos mais sólidos da Europa, para combater o que chamou de “privilégios injustificados”, como a aposentadoria em qualquer idade após 40 anos de contribuição.