O novo chefe do Governo italiano, o economista Mario Monti, anunciou nesta sexta-feira que manterá uma reunião na próxima quinta-feira, em Estrasburgo (França), com o presidente francês Nicolas Sarkozy e com a chanceler alemã Angela Merkel, para analisar a crise do euro. Monti anunciou a reunião depois de receber o voto de confiança da Câmara dos Deputados e obter a vitória na quinta-feira no Senado.
"Trata-se de um encontro informal, de muito trabalho", explicou Monti, acrescentando que, na terça-feira, visitará Bruxelas para almoçar com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e depois se reunirá com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. No curso da coletiva de imprensa, Monti afirmou que não há razões para modificar o mandato do Banco Central Europeu (BCE), exigido por alguns países para poder intervir com mais eficiência ante a crise da dívida. Ele também alertou que, em breve, deverá tomar decisões não muito agradáveis para a Itália. O novo chefe do governo italiano em seu discurso oficial ao assumir o cargo prometeu rigor, crescimento e equidade para tirar o país da crise e advertiu que "o futuro do euro depende também do que a Itália fizer". Monti substitui Silvio Berlusconi ao término de uma transição relâmpago, que busca tranquilizar os mercados diante de uma das crises econômicas mais graves da história recente da Itália devido a sua gigantesca dívida pública, de 1,9 trilhão de euros (120% do PIB).