A OMS, a Unicef e a ONU Aids destacaram progressos extraordinários na luta mundial contra o HIV-Aids nos últimos anos, mas se dizem preocupadas pela diminuição do financiamento dos programas nas causas da crise, disse um relatório publicado nesta quarta-feira.
Na véspera do Dia Mundial da Luta contra a Aids, o relatório das organizações da ONU indica que a incidência mundial da infecção do HIV se estabilizou e em muitos países com epidemias gerais começam a diminuir. O número de pessoas que recebem tratamento antirretroviral continua aumentando e já chegava a 6,65 milhões de pessoas em 2010, acrescenta o relatório. O texto menciona "progressos extraordinários na resposta do setor da saúde ao HIV ao longo dos últimos dez anos". "O acesso à prevenção do HIV se desenvolveu de maneira espetacular" nos países de rendas baixa ou médias, diz o documento. Destacando que o ano de 2011 se caracterizou por um "novo impulso político e por avanços científicos importantes", o relatório fixa para 2015 o objetivo de "nova infecção de HIV zero, discriminação zero e morte por causa da Aids, zero". Em um relatório inicial, a ONU Aids disse que um número recorde de 34 milhões de pessoas vivia com Aids no mundo em 2010, principalmente por causa do melhor acesso ao tratamento, que contribuiu para reduzir o número de mortes e aumentar a esperança no possível fim da pandemia. Outro progresso: o número de novas infecções registrou seu nível mais baixo desde 1997, 2,7 milhões, ou seja, uma diminuição de 21% em relação ao máximo de 1997. O informe conjunto da OMS, ONU Aids e Unicef enfatiza que "o que foi considerado como completamente irreal há alguns anos, passou ao domínio do real, do possível". "No entanto, as pressões financeiras sobre os orçamentos das ajudas nacionais e estrangeiras fazem pairar uma ameaça sobre os progressos impressionantes realizados até o presente", alerta o relatório.