O Tribunal Superior de Londres decidiu nesta segunda-feira que o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, pode comparecer à Suprema Corte para tentar evitar a extradição para a Suécia como suspeito de quatro crimes de agressão sexual.
Embora não tenham autorizado diretamente a apresentação de um recurso, os dois juízes decidiram que o caso do australiano apresenta uma questão de "interesse geral" que deve ser decidida pela Suprema Corte "o mais rápido possível", razão pela qual a principal instância jurídica britânica deve ter a última palavra. Interrogado na saída sobre se estava feliz com o veredicto, Julian Assange limitou-se a responder que sim.
Sua advogada, Gareth Peirce, explicou que a defesa tinha agora 14 dias para apresentar um pedido por escrito à Suprema Corte, que será estudado por três juízes, que posteriormente decidirão se aceitam o recurso. "Se o rejeitarem, será o fim do caso", acrescentou Peirce aos jornalistas na saída do tribunal.
O Tribunal Superior tinha que se pronunciar sobre a admissibilidade do recurso apresentado por Assange em meados de novembro, poucos dias após a mesma Corte confirmar a decisão de primeira instância sobre sua extradição à Suécia, país que exige sua presença para interrogá-lo por quatro crimes de agressão sexual, entre eles um estupro.
Seus advogados argumentaram principalmente que não se pode extraditar uma pessoa que ainda não foi acusada de nada, como no caso de Assange.