No dia 8 de dezembro, Jerusalém anunciou que havia ordenado o fechamento da rampa de acesso à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, terceiro local santo do Islã. Na manhã desta segunda-feira os muçulmanos que foram ao local para ter acesso aos locais santos encontraram a passagem interditada.
A decisão foi encarada pelo grupo Hamas como uma "declaração de guerra contra os lugares santos muçulmanos". A rampa de acesso à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, utilizada para chegar ao local pelos muçulmanos, foi fechada invocando motivos de "segurança dos visitantes", anunciou nesta segunda-feira a polícia israelense.
O engenheiro de Jerusalém Shlomo Eshkol ordenou o fechamento imediato da rampa provisória que dá acesso à porta de Mughrabi por ser um perigo "devido ao seu caráter inflamável", indicou o município no dia 8 de janeiro.
A Autoridade Palestina condenou uma "escalada israelense" que "mina os esforços internacionais" que tentam "ressuscitar o processo de paz". "Esta medida traduz o plano israelense de agressão contra a mesquita Al-Aqsa. Este ato regressivo representa uma declaração de guerra religiosa contra os lugares santos muçulmanos de Jerusalém", disse à AFP Fawzi Barhum, um porta-voz do Hamas.
"Condenamos e rejeitamos esta escalada israelense", disse Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.
Sheikh Azzam al Jhatib, diretor do Waqf, o organismo responsável pela administração dos bens muçulmanos, afirmou neste mesmo dia que a porta de Mughrabi era responsabilidade do Waqf e que podiam restaurar a rampa em alguns dias, se Israel autorizasse.
Esta rampa de madeira conduz da esplanada do Muro das Lamentações, o principal local de peregrinação dos judeus, à Esplanada das Mesquitas, o terceiro local santo do Islã.