Dezenas de pessoas voltaram a se manifestar nesta terça-feira em Benghazi (leste), berço da revolta contra Muamar Kadafi, contra os novos dirigentes, apesar das garantias oferecidas de tornar a cidade a nova capital econômica do país.
Na segunda-feira, centenas de pessoas se reuniram na praça Al Shajara, no centro de Benghazi, denunciando pela primeira vez o funcionamento do Conselho Nacional de Transição (CNT). "As pessoas querem salários e condições de vida decentes. Vamos ao banco e não há dinheiro. E o que faz o governo?", questionou Mohamed Shibani, de 43 anos.
Vários manifestantes passaram a noite no local, segundo o correspondente da AFP.
O chefe do CNT, Mustafá Abdul Jalil, reagiu rapidamente à primeira manifestação, prometendo maior transparência nas atividades e a composição do Conselho, além de pedir paciência aos líbios. "O CNT colocará em atividade seu site, dará a lista de seus membros e publicará seu currículo para tornar públicas todas as suas atividades", declarou à imprensa. "Quero tranquilizar os líbios: com paciência serão realizadas muitas coisas", acrescentou.
"Benghazi será a capital econômica da Líbia", declarou, por sua vez, Abdelrazak al Aradi, outro membro do CNT, acrescentando que os ministérios vinculados com a atividade econômica serão deslocados para esta cidade.