"Várias dezenas de milhares de menores enfrentaram formas leves, graves ou muito graves de condutas sexuais que ultrapassavam os limites entre 1945 e 2010 na Igreja católica holandesa", indicou um comunicado da comissão, cuja investigação teve início no dia 24 de agosto.
"Sobre a base de 1.795 casos, a comissão pôde encontrar os nomes de 800 autores de abusos sexuais que trabalham ou trabalharam para os arcebispados", indicou o informe da comissão. "Destas 800 pessoas, ao menos 105 continuam vivas", acrescentou o informe.
"O problema dos abusos sexuais era conhecido pelas ordens (religiosas) e pelas dioceses da Igreja católica holandesa", indicou o informe da comissão. "Mas não foram realizadas ações adequadas" para impedir isso, acrescentou o informe da comissão Deetman.
A comissão Deetman, presidida pelo ex-ministro Wim Deetman, também é integrada por um juiz, um psicólogo e três professores universitários.
No dia 9 de março de 2010, a conferência episcopal holandesa havia expressado seu desejo de que fosse realizada uma investigação "ampla, externa e independente" sobre os abusos sexuais cometidos por membros do clero.