A missão detectou que os implantes mamários foram "adulterados", segundo a carta da FDA, à qual a AFP teve acesso. O texto menciona 11 violações dos métodos utilizados, locais e instalações que não se ajustam às práticas de produção de referência.
A FDA cita "a incapacidade para estabelecer e manter procedimentos para a verificação" do cumprimento dos objetivos de qualidade da prótese. O inspetor da FDA também criticou a PIP por não ter informado a agência americana, como exige a lei, sobre a existência de centenas de denúncias na França a respeito das próteses entre janeiro de 1997 e 2000 e em pelo menos outros 20 países no mesmo período.
Quase 30.000 mulheres na França se submeteram a implantes de próteses mamárias da marca PIP, uma empresa que, até a falência em 2010, exportou o produto a mais de 60 países.
Boa parte da produção foi exportada a países da América Latina (especialmente Venezuela, Brasil, Colômbia e Argentina): 58% das vendas em 2007 e 50% em 2009.