A República Popular Democrática da Coreia concluiu o funeral do dirigente Kim Jong-il, anunciou nesta quarta-feira uma fonte do regime após a cerimônia de três horas exibida
pela televisão estatal, com milhares de pessoas aos prantos sob uma forte nevasca. "A cerimônia acabou", declarou um oficial diante do mausoléu Kumsusan de Pyongyang, para onde o cortejo fúnebre retornou depois de uma volta pela cidade, coberta pela neve e diante de centenas de milhares de pessoas.Ao retornar para a praça do mausoléu, diante de dezenas de milhares de soldados e civis reunidos, a guarda de honra desfilou e uma orquestra militar interpretou o hino nacional. A televisão oficial norte-coreana exibiu mais cedo imagens do funeral de Kim Jong-il, com cenas de milhares de pessoas aos prantos durante a passagem do cortejo com o caixão do dirigente pela capital Pyongyang.
As primeiras imagens mostravam uma limusine com uma grande foto daquele que foi o homem forte do regime. O carro passou por milhares de militares, que se inclinavam para demonstrar respeito, diante do mausoléu Kumsusan de Pyongyang, de onde partiu o cortejo. Outro carro oficial seguia a limusine com flores brancas e um automóvel transportava o caixão de Kim Jong-il com uma bandeira vermelha.
À direita do carro que transportava o caixão caminhava Kim Jong-un, o filho mais novo e sucessor de Kim Jong-il. Kim Jong-il faleceu em 17 de dezembro vítima de um ataque cardíaco aos 69 anos. Ele comandava o país desde a morte, em 1994, do pai, Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte comunista. Kim Jong-un é o terceiro nome da única dinastia comunista do mundo.
Opositores norte-coreanos aproveitaram o dia do funeral para jogar panfletos no país a partir da Coreia do Sul para convocar uma insurreição contra a dinastia dos Kim. Cinquenta refugiados utilizaram balões para enviar 200.000 panfletos em um protesto contra o regime de Pyongyang organizado em Paju, cidade sul-coreana próxima da fronteira com o Norte.