O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, se reunirá com o líder cubano Fidel Castro, durante a visita que fará esta semana a Havana, informou nesta segunda-feira o embaixador cubano em Teerã, William Caro.
"Está previsto que o presidente iraniano se reúna com (Fidel) Castro durante sua visita a Cuba nos próximos dias", disse Caro, sem informar datas, à agência iraniana Irna, segundo o portal da televisão iraniana em espanhol (www.hispantv.com). Ahmadinejad, que está na Venezuela esta segunda-feira, é aguardado na quarta em Havana, como parte de um giro latino-americano que também incluirá Nicarágua e Equador. Na ilha, ele também se reunirá com o presidente Raúl Castro, segundo fontes iranianas, embora os meios de comunicação cubanos, todos sob controle estatal, não tenham adiantado a agenda do chefe de Estado iraniano ao país. Caro destacou que a viagem do presidente iraniano "busca ampliar os vínculos" com estes quatro países latino-americanos e "invalida tanto as sanções impostas ao Irã quanto as acusações dos Estados Unidos" contra Teerã. "Os Estados Unidos jamais conseguirão vencer, nem o povo cubano, nem o iraniano", acrescentou o diplomata, qualificado de "erro crasso as políticas hostis" de Washington contra as duas nações. A viagem de Ahmadinejad ocorre depois de os Estados Unidos reforçarem suas sanções contra o Irã, devido ao controverso programa nuclear da República Islâmica, e de a União Europeia alcançar um princípio de acordo para decretar um embargo às importações de petróleo iraniano. Caro lembrou que o presidente iraniano visitou Cuba pela primeira vez em 2006, quando participou em Havana de uma cúpula do Movimento de Países não-Alinhados, sendo recebido na ocasião por Fidel Castro, agora com 85 anos, e afastado do poder por motivos de saúde. Aliados políticos, sobretudo frente a Washington, Cuba e Irã, têm posições próximas em organismos internacionais, onde Teerã condena o embargo americano à ilha e Havana reconhece o direito iraniano ao desenvolvimento. Os dois governos trabalham atualmente para impulsionar suas relações de cooperação e dinamizar o comércio bilateral, que caiu de US$ 46,4 milhões em 2008 para US$ 27 milhões em 2009, a mais recente cifra oficial publicada.