Bastante próximo ao presidente francês Nicolas Sarkozy, Guéant tem como alvo não apenas a imigração clandestina, como também a legal. Um exemplo é que a concessão de vistos de trabalho caiu 26% e os de família – para os que têm parentes na França – foram reduzidos em 14%.
Em relação às permissões para uma primeira estadia na França, o ministro informou que o número de documentos autorizados em 2011 caiu 3,6% e o objetivo é voltar à taxa de 150 mil autorizações de permanência por ano, a mesma registrada há 20 anos.
O ministro voltou a relacionar a violência no país à presença de imigrantes e comentou que as taxas de criminalidade entre a população estrangeira eram "duas a três vezes superiores" às verificadas na população em geral.
"Determinei ao Observatório Nacional de Violência e Respostas Penais fazer estudo sobre o assunto. As conclusões começam a ficar prontas aos poucos e mostram claramente que a taxa de criminalidade estrangeira é sensivelmente superior". Os imigrantes representam cerca de 6% da população francesa.
O anúncio dos dados é feito a três meses das eleições presidenciais no país, em que Sarkozy, em busca da reeleição, tenta agradar o eleitorado da extrema-direita. A candidata do principal partido nacionalista, Frente Nacional, registra entre 15% e 19% das intenções de votos e tem a queda da imigração como um dos principais objetivos.