A Procuradoria Geral do México informou em comunicado nesta quarta-feira que o número de mortos na violência derivada da guerra ao narcotráfico, nos primeiros nove meses do ano passado, subiu a 12.903, em comparação aos 11.583 mortos no período entre janeiro e setembro de 2010.
Mas a mudança não foi tão dramática como em 2010, em comparação a 2009, quando o número de mortes cresceu 59%, passando de 9.614 para 15.273 nos respectivos anos.
"Foi o primeiro ano em que o crescimento da taxa de homicídios foi significativamente menor em comparação ao que foi observado nos anos anteriores", disse a Procuradoria em comunicado.
As cidades onde a violência se concentrou mais foram Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, com 1.206 homicídios; o balneário de Acapulco, no Pacífico, com 795 homicídios; e a cidade nortista de Torreón, com 476 mortes. Ciudad Juárez é considerada a cidade mais violenta do México. Mas lá o número de mortos pelo crime organizado caiu em cinco vezes entre janeiro e setembro de 2011, em comparação ao mesmo período de 2010, quando foram mortas 5.800 pessoas na cidade.
Estimativas dos jornais mexicanos sobre os problemas da droga e da violência que afligem o país variam um pouco. La Jornada estima que foram mortas 51.918 pessoas entre 2006 e 2011, enquanto o Reforma diz que a guerra ao narcotráfico deixou 50.285 mortos. A estimativa do número de mortos do jornal Milenio é um pouco menor que as dos dois outros e também que a do governo. O Milenio estima que foram mortas 46.969 pessoas.