O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, homenageou as mais de 200 mil pessoas que morrereram no terremoto do Haiti há dois anos. Para ele, é fundamental que a comunidade internacional mantenha o apoio econômico e financeiro ao país, pois a reconstrução ainda é um desafio para as autoridades haitianas, que enfrentam uma epidemia de cólera.
No próximo dia 1º, a presidenta Dilma Rousseff estará em Porto Príncipe, capital haitiana. Na ocasião, ela pretende intensificar a cooperação brasileira ampliando as parcerias nas áreas de saúde – em conjunto com Cuba –, agricultura, capacitação profissional e o apoio à construção da usina hidrelétrica sobre o Rio Artibonite, no Sul do país.
Ban Ki-moon ressaltou os “importantes esforços” obtidos nos últimos dois anos para a reconstrução do país. Mas destacou, porém, que ainda há muitos haitianos que necessitam de ajuda internacional. “Por isso, faço novamente um apelo à comunidade internacional para manter esse apoio vital [ao Haiti]”, disse.
Nessa quarta-feira, Ban Ki-moon conversou com o presidente do Haiti, Michel Martelly. Por telefone, ele reiterou o compromisso da Organização das Nações Unidas (ONU) em continuar acompanhando o povo haitiano para um futuro “próspero e seguro”.
Em 12 de janeiro de 2010 um terremoto de 7 pontos na escala de Richter afetou o Haiti. O país mais pobre das Américas foi brutalmente atingindo. Aproximadamente 220 mil pessoas morreram – inclusive brasileiros –, 310 mil ficaram feridas e pelo menos 1,5 milhão foram afetadas.
A comunidade internacional se preocupa porque dois anos depois, cerca de 500 mil pessoas vivem em campos de refugiados, 4,5 milhões sofrem com a escassez de alimentos e 60% da população estão sem trabalho, de acordo com as agências humanitárias da ONU.