O relatório informa que o Produto Interno Bruto (PIB) da região deve crescer cerca de 4,5% em 2011, na comparação com o ano anterior. Essa expansão foi encabeçada por países como a Argentina, o Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, que devem crescer cerca de 6% em 2011.
A redução no número de desempregados na região se deve à dinâmica da criação de emprego na maior parte dos países da região, o que resultou em um ligeiro aumento da taxa de emprego, de 55,2% em 2010 para 55,7% em 2011. O comportamento estável se deve ao fato de não haver pressão significativa que pudesse alterar a oferta de empregos.
A taxa média de desemprego caiu para homens, mulheres e jovens no ano passado em toda a região, segundo o relatório. Contudo, o desemprego feminino é equivalente a 1,4 vezes o masculino. Em relação aos jovens, essa taxa é três vezes maior do que a dos adultos (14,9% para jovens e 5% para adultos).
No caso do Brasil, houve uma redução da taxa média de desempregados como consequência do aumento da demanda de trabalho. O relatório diz ainda que o Brasil é um dos países onde houve uma maior redução da taxa de desemprego entre as mulheres. O documento também aponta que o país conseguiu uma maior redução do desemprego juvenil na comparação com os níveis de desemprego entre os adultos nos dez primeiros meses de 2011 ante o mesmo período de 2010.
O estudo aponta ainda que houve uma melhoria na qualidade do emprego em países como o a Argentina, o Brasil e a Costa Rica. Um dos indicadores desse desempenho é o aumento da média dos salários nos três primeiros meses de 2011 nesses países. Apesar disso, em países como o Chile e a Colômbia, houve uma deterioração na estrutura de emprego.
O salário médio e o salário mínimo cresceram na região em 2011, segundo o relatório. A média dos salários até o terceiro trimestre de 2011 registrou um aumento de 1,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O documento aponta ainda que, apesar do crescimento do salário, houve um aumento da inflação em toda a região, principalmente, no preço dos alimentos e dos combustíveis.
A Argentina foi o país onde o salário mínimo em 2011 registrou o maior aumento no poder de compra – 22,4% na comparação com 2010. No Brasil, o crescimento real do salário mínimo foi um dos mais baixos da região, 1,4%.