"Dos 4.234 passageiros e membros da tripulação, incluindo 52 crianças menores de seis anos, foram encontrados até o momento 4.165 pessoas, o que deixa uma diferença de 70 pessoas, mas estamos realizando buscas praticamente porta a porta na ilha de Giglio", indicou Linari.
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"Há três mortos confirmados", informou ainda. "Esperamos o resultado da intervenção dos mergulhadores para verificar se alguém ficou preso na parte submersa", acrescentou.
As autoridades sanitárias informaram que as três vítimas morreram afogadas.
O navio "Costa Concordia" realizava um cruzeiro de uma semana pelo Mediterrâneo quando se chocou aparentemente contra uma rocha perto da ilha de Giglio, no sul de Toscana, levando a bordo 4.231 pessoas, sendo um terço de italianos, 500 de nacionalidade alemã, 150 turistas franceses, além de japoneses, indianos e espanhois e também brasileiros. A tripulação era formada por mais de mil pessoas.
Muitos dos passageiros estavam jantando quando o navio encalhou e, tomados pelo pânico, alguns se jogaram na água gelada.
Luciano Castro, um dos passageiros do "Costa Concordia", disse à imprensa italiana que por volta das 21H30 local "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa".
Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar.
A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.
Outra passageira, a jornalista Mara Parmegiani, descreveu "cenas de pânico dignas do 'Titanic'", com empurrões entre os evacuados, gritos e choros.
Também denunciou a falta de preparação da tripulação, afirmando que houve problemas quando os botes salva-vidas foram lançados ao mar e que alguns coletes salva-vidas não funcionaram.
Unidades da Guarda Costeira, navios mercantes e ferrys garantiram a evacuação dos passageiros e tripulantes para a ilha de Giglio.
No total, 12 navios e 9 helicópteros foram mobilizados para verificar se não há ninguém no mar, segundo o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.
O armador Costa Crociera, dono do barco, se declarou "consternado" e expressou seus pêsames às famílias. Indicou que não é possível determinar de imediato as causas do acidente e assegurou que a evacuação foi rápida, apesar de difícil, já que estava entrando muita água no barco.
Segundo Costa Crociere, o barco havia partido de Savona para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, com escalas previstas em Civitavecchia, Palermo, Cagliari (Itália), Palma de Mallorca, Barcelona (Espanha) e Marselha (França).
O "Costa Concordia", de 290 metros, tem 58 quartos com suíte e balcão, cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.