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A Guarda Costeira informou que seis corpos foram encontrados até agora, negando uma informação divulgada por um jornal italiano de que um sétimo corpo teria sido identificado. Enquanto aumenta o temor de um desastre ambiental caso os tanques do navio - carregados de 2.380 toneladas de combustível - se rompam e provoquem um vazamento, Marini disse que as equipes de emergência lançaram bóias absorventes na água depois de observarem uma iridescência na água.
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O Costa Concordia provocou na sexta-feira a comoção da pitoresca ilha de Giglio, na Toscana - um santuário marinho e popular destino de férias. Três vítimas - dois passageiros franceses e um membro da tripulação do Peru - se afogaram depois de pular nas águas geladas para escapar.
Rodolfo Raiteri, chefe da equipe de mergulho da Guarda Costeira, disse nessa segunda-feira: "As condições no interior são desastrosas. É muito difícil. Os corredores estão desordenados e é difícil para os mergulhadores nadarem".
A Marinha usou pequenos explosivos para abrir buracos na quilha no início desta terça-feira para dar às equipes de resgate subaquáticas maior acesso às áreas submersas do navio.
O clima forçou uma evacuação temporária do navio durante várias horas na segunda-feira, depois que a embarcação escorregou em uma base rochosa no mar, o que provocou temores de que o transatlântico poderia afundar completamente.
As atuais previsões dizem que uma tempestade deve atingir a ilha na quinta-feira.
O prefeito de Giglio, Sergoi Ortelli, advertiu que a embarcação, que se acidentou ao atingir rochas submersas, era uma "bomba-relógio ecológica".
O chefe da empresa proprietária da embarcação explicou que o Costa Concordia atingiu uma rocha como resultado de um erro "inexplicável" do capitão, detido no sábado junto com o primeiro oficial Ciro Ambrosio. "Ele realizou uma manobra que não tinha sido aprovada por nós e nos dissociamos de tal comportamento", afirmou Pier Luigi Foschi, presidente do Costa Crociere, o maior operador europeu de cruzeiros.
Promotores italianos acusam Schettino e Ambrosio de homicídio múltiplo e de abandonarem o navio antes que todos os passageiros fossem resgatados.
Quando o navio começou a se inclinar, os funcionários esperaram em vão pela ordem para abandonar o navio antes de iniciar o procedimento de evacuação por conta própria - 15 minutos depois Schettino finalmente deu a ordem, segundo a imprensa italiana.
Uma transcrição de uma conversa entre Schettino e um funcionário do porto divulgada na segunda-feira mostrou que o capitão mais tarde recusou-se a voltar ao navio. "Você tem que nos dizer quantas pessoas, crianças, mulheres e passageiros estão lá e o número exato de cada categoria", afirmou o oficial a Schettino, de acordo com a transcrição da conversa em uma das "caixas pretas" do navio. "O que você está fazendo? Você está abandonando o resgate?", perguntou o oficial.
O Costa Concordia transportava mais de 4.200 pessoas quando ocorreu o acidente, logo depois de iniciar um cruzeiro de sete dias pelo Mediterrâneo a caminho de Marselha, na França, e de Barcelona, na Espanha.