Foschi forneceu um levantamento detalhado dos diálogos de Schettino com Roberto Ferrarini, chefe da unidade de crise da Costa Cruzeiros, que faz parte da empresa americana Carnival Corp. O presidente da Costa Cruzeiros disse que Ferrarini recebeu a primeira ligação de Schettino às 21h57 (hora local), no dia 13 de janeiro, aproximadamente 10 minutos depois de o navio colidir com um rochedo.
“Schettino disse que tinha um grande problema a bordo. Ele disse a Ferrarini que tinha batido em uma rocha e que não tinha mais eletricidade no navio. O capitão disse que somente uma das câmaras de ar tinha sido inundada”, disse Foschi.
De acordo com o presidente da Companhia Costa Cruzeiros, em um segundo telefonema Schettino informou às 22h06 que uma segunda câmara estava cheia de água, mas que “a estabilidade do navio não estava em perigo”.
O comandante “estava muito calmo e disse que a situação estava sob controle”, completou Foschi. Mas, às 22h33, Schettino declarou que “o navio se inclinava cada vez mais” e às 22h35 ele disse a Ferrarini que o Concórdia seria abandonado. “Ferrarini disse ter ficado surpreso com a decisão de abandonar o navio”, disse Foschi.