O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, vai comparecer por dois dias, a partir desta quarta-feira, na Suprema Corte britânica, no último estágio de uma longa batalha contra a extradição dele para a Suécia, onde enfrenta denúncia de estupro. A extradição de Assange foi inicialmente aprovada por um tribunal em fevereiro. Depois, uma apelação ao Supremo Tribunal foi rejeitada em novembro. No entanto, a Suprema Corte, a mais alta do Reino Unido, concedeu permissão para Assange apelar em dezembro.
O fundador do WikiLeaks foi preso no Reino Unido em dezembro de 2010 após duas mulheres o denunciarem por abuso sexual e o acusarem de estupro na Suécia, crimes que ele nega com veemência. Assange diz que o sexo foi consensual e alega que as denúncias são politicamente motivadas, ligadas à divulgação de telegramas diplomáticos e de centenas de milhares de arquivos secretos dos Estados Unidos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.
Se a corte indeferir seu caso, o australiano, de 40 anos, terá esgotado todas as suas opções no Reino Unido, mas ainda poderia fazer um último apelo ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, disseram promotores. Esta quarta-feira marca 421 dias desde a prisão de Assange, que tem vivido sob estritas condições em uma mansão de um rico partidário em Norfolk, no leste da Inglaterra.