Ungureanu disse que sete ministros permanecerão nos cargos e novos ministros foram nomeados para as pastas mais importantes como Economia, Finanças, Interior e Agricultura. Todos os novos ministros são membros do partido governista, o Democrático Liberal, o principal na coalizão governista. Como a coalizão possui maioria no Parlamento, o gabinete de Ungureanu deverá ser aprovado na quinta-feira. A oposição romena afirma que boicotará a votação. Embora Ungureanu não seja do partido governista, ele é considerado um aliado do presidente Traian Basescu.
No mês passado, os romenos tomaram as ruas em meio a um amplo protesto contra os cortes no orçamento que o governo de Emil Boc realizou, sob pressões do FMI, do Banco Mundial e da União Europeia. As três instituições emprestaram € 20 bilhões (US$ 26 bilhões) ao governo romeno em 2009. O governo precisava do dinheiro para pagar salários dos servidores públicos e aposentadorias, após a economia da Romênia ter se contraído 7% em 2009, esmagada pela crise financeira internacional.
Existe uma ampla percepção na Romênia de que o governo de Boc, que caiu nesta semana, não se preocupou com a piora do padrão de vida e as dificuldades que a população teve que enfrentar a partir de 2009. Os impostos sobre as vendas de serviços e mercadorias permanecem em 24%, um dos mais altos na Europa, e o governo continua a cortar empregos no setor público para reduzir os gastos. O FMI projeta que a economia romena crescerá 2,3% em 2012, um pouco acima da expansão de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) que deve ter acontecido no ano passado.