Esta primeira visita da comissão desde 1999 será realizada algumas semanas antes do aniversário do início do curto conflito entre os dois países entre 2 de abril e 14 de junho de 1982.
Pode coincidir também com a recente ida do príncipe William para a região em uma missão, o que descontentou o governo da Argentina.
Essas iniciativas, somadas ao envio de um moderno destróier britânico em breve e a informações sobre o suposto envio de um submarino nuclear para a área em torno das ilhas, levaram a Argentina a denunciar formalmente na sexta-feira passada na ONU a "militarização" do Atlântico Sul, acusações rejeitadas pelo Reino Unido.
O porta-voz da comissão ressaltou à AFP que a viagem estava previsto desde o final de 2011, antes que fossem desencadeadas as novas tensões. "Estão dando continuidade ao seu trabalho para se assegurarem que visitam cada base britânica", indicou o porta-voz. "O objetivo é ver a estrutura da força" no contexto de uma revisão dos gastos de Defesa.
Thomas Docherty, membro da comissão, disse, no entanto, ao jornal The Times que, além de conferir "em que se gasta o dinheiro do contribuinte", a viagem também é uma oportunidade para lembrar o conflito. "Uma de minhas prioridades no momento histórico este ano será o aniversário. É importante que neste ano reconheçamos os sacrifícios feitos", disse o deputado trabalhista.
A guerra, que durou 74 dias, deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos e terminou no dia 14 de junho de 1982 com a rendição da nação sul-americana.
O secretário de Estado de Assuntos Exteriores para a América Latina, Jeremy Browne, viajará em junho para o arquipélago para participar de um ato para lembrar o conflito.