A governadora do departamento hondurenho de Comayagua, Paola Castro, recebeu uma ligação de um preso informando que foi um colega que iniciou o incêndio que matou mais de 300 detentos do presídio local.
"Às 23H10 (02h10 de Brasília), recebi uma ligação de um interno. Ele me contou que outro preso havia dito: 'vou botar fogo nisso e vamos todos morrer'. Ele botou fogo e estamos queimando, estamos morrendo", relatou a governadora. Castro realizou durante anos um trabalho social na penitenciária agrícola, razão pela qual era conhecida por muitos de seus internos e por que existia uma comunicação telefônica direta entre os presidiários e a autoridade política local. Castro, que não quis identificar o preso, afirmou que alertou imediatamente os bombeiros e a Cruz Vermelha, mas que os corpos de socorro durante muito tempo não puderam entrar no presídio, sem explicar os motivos dessa situação. "O que aconteceu é estranho porque era um centro penal modelo", acrescentou.