A cúpula franco-britânica, marcada por um reforço da cooperação bilateral no plano militar e por acordos importantes no setor nuclear civil, foi também destinada a acalmar as tensões dos últimos meses entre Paris e Londres.
Em dezembro, David Cameron rejeitou o novo tratado europeu traçado por franceses e alemães, que reforça a disciplina fiscal da UE, em meio à cólera de vários ministros.
"Há assuntos, como o mercado único e seu futuro, e outros, nos quais não desejamos entrar", destacou.
"Também não estamos no espaço Schengen, mas não somos menos europeus por isso. Consideramos simplesmente que nosso interesse nacional, enquanto Ilha, é conservar nossas fronteiras", declarou David Cameron.
"Não estamos no euro porque consideramos preferível fixar nossas próprias taxas de juros e determinar nossa política monetária. O fato de defendermos nossos interesses não quer dizer que não sejamos um ator europeu de primeiro plano", afirmou o primeiro-ministro britânico.
David Cameron também voltou a falar de sua oposição a uma taxa sobre as transações financeiras, defendida por Nicolas Sarkozy, a quem apoia nas eleições presidenciais de abril-maio.
"Se pudéssemos impor esta taxa a todo o mundo, então se justificaria. Mas se a criarmos apenas numa parte do mundo, então as empresas vão buscar outros locais", considerou.