Na segunda-feira, Teerã afirmou que estudava ampliar a paralisação nas suas vendas de petróleo a outras nações da Europa. Em 1º de julho, a União Europeia aplicará um embargo ao petróleo do Irã, como forma de pressionar o país a ceder em seu programa nuclear. O Irã é acusado por potências lideradas pelos EUA de buscar secretamente armas nucleares, o que o país nega, garantindo ter apenas fins pacíficos.
Mehmanparast afirmou que o Irã vê suas atividades nucleares como um direito que não está aberto a negociações. Ele confirmou, porém, que o país discutirá o tema com as potências para evitar uma crise. "O tema das atividades nucleares pacíficas de nosso país estarão na agenda das conversas entre o Irã e o P5%2b1", afirmou ele, referindo-se ao grupo formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Reino Unido, França, China e Rússia - mais a Alemanha. "Nossa principal demanda é o reconhecimento de nosso direito a possuir a tecnologia (nuclear) para fins pacíficos", disse ele. "Esse direito foi alcançado, e não pensamos que seja um tema negociável em relação a nossas atividades nucleares.
As declarações do porta-voz são dadas no segundo e último dia de uma visita de autoridades da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ao país. O porta-voz iraniano disse que a cooperação com a AIEA continua ocorrendo da melhor maneira. Segundo ele, o propósito da atual visita não é a realização de inspeções.
Há o temor de que Israel possa atacar instalações nucleares do Irã, com o risco de haver um conflito maior na região. Na segunda-feira, os iranianos anunciaram que realizavam exercícios militares para fortalecer suas defesas em torno de suas bases nucleares.