A popularidade dos dois principais partidos políticos da Grécia, que apoiaram o governo de coalizão, caiu para nível nunca visto, segundo resultado de uma pesquisa de opinião realizada pela agência GPO para a TV Mega entre 16 e 21 de fevereiro. Caiu também a popularidade do primeiro-ministro, Lucas Papademos, e a maioria dos gregos acredita que o país deve continuar na zona do euro.
Segundo a pesquisa, o partido conservador Nova Democracia conseguiria 19,4% dos votos se as eleições fossem realizadas agora. O Partido Socialista ou Pasok receberia 13,1% dos votos. Ambos partidos tiveram queda de dois pontos porcentuais nas intenções de voto em relação à pesquisa anterior, realizada em dezembro. A pesquisa mostrou ainda que o partido Nova Democracia não conseguiria obter maioria absoluta nas eleições.
"Este é o mais baixo nível de aprovação dos dois partidos já registrado", disse o chefe do GPO, Takis Theodorikakos, à TV Mega.
O pequeno partido nacionalista Laos, que apoiou o governo interino até recentemente, também viu sua popularidade cair, recebendo 5,1% de apoio, abaixo de 7,1% em dezembro.
Os partidos de esquerda, que abertamente se opõem às medidas de austeridade, tiveram aprovação maior. O recém-formado partido Esquerda Democrática ficou em terceiro lugar nas intenções de voto, atraindo 12% dos que responderam a pesquisa, acima de 6,3% em dezembro. O partido comunista KKE recebeu o apoio de 9,5% dos potenciais eleitores e a Coalizão de Esquerda, 8,5%.
A popularidade do primeiro-ministro, Lucas Papademos, também despencou, conseguindo a aprovação de 43% dos pesquisados, queda em relação aos 63% de apoio obtido em dezembro. Ele ficou em terceiro lugar como a pessoa adequada para ocupar o cargo de premiê, com 6,3% de votos. O líder do Nova Democracia, Samaras, recebeu 20% dos votos, e o ministro das Finanças socialista, Evangelos Venizelos, atraiu 16,5% dos votos.
A pesquisa mostrou que 77% dos gregos querem permanecer na zona do euro, mesmo porcentual de dois meses atrás.