Uma série de ataques ocorridos em todo o território iraquiano deixou pelo menos 55 mortos nesta quinta-feira. O alvo da maior parte dos ataques foram as forças de segurança, o que, segundo autoridades, mostra as "tentativas insanas" dos insurgentes de mostrar aos civis que seu país está condenado à violência nos próximos anos.
"O que está acontecendo hoje não são simples violações de segurança, é um grande fracasso de segurança e um desastre", disse Ahmed al-Tamimi, que estava em seu trabalho, no Ministério da Educação, a um quarteirão de um restaurante que foi atacado no bairro xiita de Kazimiyah, norte da capital Bagdá.
"O que queremos saber é o que os milhares de policiais e soldados de Bagdá estão fazendo hoje enquanto os terroristas estão invadindo a cidade e espalhando a violência?", questionou ele.
O Ministério do Interior responsabilizou insurgentes da Al-Qaeda pela violência. "Estes ataques são parte de tentativas insanas dos grupos terroristas de mostrar que a situação de segurança no Iraque nunca mais será estável", disse o Ministério em comunicado. "Estes ataques são parte dos esforços da Al-Qaeda de passar uma mensagem a seus partidários de que a Al-Qaeda ainda está operante dentro do Iraque e que tem a capacidade de lançar ataques dentro da capital ou em outras cidades."
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques desta quinta-feira, mas as ações realizadas contra funcionários do setor de segurança é uma marca da Al-Qaeda. Esse tipo de violência atinge dois objetivos: reduz a confiança da população na capacidade de seus policiais e soldados de proteger os cidadãos e desencoraja as pessoas a fazerem parte ou a ajudar as forças de segurança.