Pela legislação italiana, havia acordos bilaterais com a Líbia contra a imigração clandestina. Esses acordos entraram em vigor no início de 2008 e foram suspensos no início de 2011. Nesse período, 471 imigrantes clandestinos foram transferidos para navios militares italianos e reconduzidos a Trípoli.
Para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, o governo da Itália também é culpado de “expulsão coletiva de estrangeiros”. O texto diz que, “nesse caso, a transferência dos requerentes para a Líbia ocorreu sem a análise das situações individuais”.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados elogiou a decisão, classificando-a como mudança na responsabilidade dos Estados e na gestão dos fluxos migratórios. A partir do acirramento da crise na Líbia, muitos líbios e imigrantes de países vizinhos, que vivem na região, partiram em direção à Europa. O principal destino era a Itália, que resistiu à entrada desses imigrantes.