Ocupe Wall Street volta às ruas antes da primavera em Nova York
Cerca de 200 membros e simpatizantes do Ocupe Wall Street protestaram nesta quarta-feira em Nova York, em um dia de ação nacional que busca reativar o movimento anticapitalista após o inverno.
Os protestos, acompanhados pela polícia, foram realizados diante da sede mundial do grupo farmacêutico Pfizer e em frente a um prédio do Bank of America, como parte de uma jornada de ação organizada em cerca de 70 cidades americanas para denunciar a forte influência das grandes empresas na vida política do país.
"Não queremos que as grandes empresas manipulem nossa democracia", explicou o manifestante Michael Levitin.
Yoni Miller, de 18 anos, que faz parte do movimento desde o seu início em setembro de 2011, considerou "inevitável" que o Ocupe Wall Street ganhe força com a primavera, especialmente durante a campanha presidencial.
"Não acho que seja possível matar um movimento que é tão necessário", acrescentou a jovem manifestante Leah Fedder. "O sistema precisa mudar", disse.
Segundo o movimento, nesta quarta-feira também foram realizadas manifestações em Atlanta (sul), Austin (sul), Pittsburgh (nordeste), Portland (noroeste), Califórnia (oeste) e Washington (leste).
O grupo deve promover uma concentração na Praça Zuccotti no dia 17 de março para celebrar os seis meses de existência do movimento, indicou Miller. A praça, localizada próximo à bolsa nova-iorquina, no sul de Manhattan, foi ocupada pelos manifestantes durante dois meses -entre setembro e novembro- antes de estes serem desalojados pela polícia.