Os atuais voos para as Malvinas saem de Santiago do Chile - como está estabelecido nos acordos - pela empresa LAN. Há apenas um voo por semana, apesar dos acordos de 1998 estabelecerem dois voos, disseram fontes aeronáuticas consultadas pela AFP. Outros seis voos mensais chegam do Reino Unido, lembram fontes diplomáticas.
O anúncio foi surpreendente porque os cidadãos britânicos das Malvinas temiam que os voos fossem interrompidos pela Argentina em meio a uma crescente tensão diplomática entre Londres e Buenos Aires.
Um mês antes do 30º aniversário da guerra vencida pelo Reino Unido para conservar a posse do arquipélago, a Argentina impediu esta semana dois navios de cruzeiro de atracar em um porto do país e depois recomendou cerca de 20 empresas a deixar de comprar produtos britânicos.
O Reino Unido protestou energicamente pelos fatos e transmitiu sua preocupação à União Europeia (UE).
Depois dos protestos, Buenos Aires propôs na quarta-feira que a UE e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) analisem o conflito de soberania e que convidem as duas partes a dialogar.
A reação da UE foi comunicar que iniciará "os procedimentos diplomáticos apropriados com o objetivo de esclarecer as preocupações comerciais legítimas", disse à AFP o porta-voz da Comissão Europeia para o Comércio, John Clancy.