O presidente do Irã fez ainda alusão aos cientistas nucleares iranianos assassinados, por cujas mortes responsabiliza Israel e Estados Unidos, advertindo que esses crimes “não poderão bloquear o progresso tecnológico e científico do Irã”.
Ahmadinejad assegurou que o “progresso da tecnologia nuclear pacífica pressupõe também progressos em outros campos”, como uma “locomotiva” que impulsionará dezenas de indústrias subsidiárias.
As declarações do presidente do Irã ocorrem a poucos dias da próxima reunião entre os representantes do país e do Grupo 5%2b1, composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Alemanha, para tratar da questão nuclear iraniana, que deverá acontecer em Istambul.
As duas reuniões anteriores do Irã com o 5%2b1, em dezembro de 2010 em Genebra e em janeiro de 2011 em Istambul, resultaram em fracasso.
Tanto as Nações Unidas como os Estados Unidos mantêm sanções ao Irã devido ao programa nuclear, sob a alegação de que se destina à fabricação de bombas atômicas, o que Teerã nega, assegurando que é apenas para uso civil e pacífico.
Israel, Estados Unidos e, em certa medida, o Reino Unido ameaçaram atacar o Irã para impedir o desenvolvimento nuclear, o que Teerã contestou assegurando que responderia de forma esmagadora em caso de agressão.
Alguns países, como a Rússia e a China, opõem-se às novas sanções ao Irã e alertam para consequências imprevisíveis e catastróficas para o mundo em caso de um ataque ao território iraniano.