O concurso Miss Universo, promovido pelo magnata Donald Trump, abriu suas portas às modelos transexuais. A justificativa é que os homens que mudaram de sexo merecem o mesmo tratamento do que qualquer outra mulher.
As transexuais poderão mostrar seus atributos nos campeonatos internacionais de beleza, e a primeira será a canadense Jenna Talackova, que finalmente poderá voltar a participar do concurso deste ano.
A Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD, sigla em inglês), que lutou pela igualdade de direitos em nome de Talackova, comemorou a notícia.
"A Organização Miss Universo segue as instituições que têm adotado uma postura contra a discriminação das mulheres transexuais", afirmou o porta-voz da GLAAD, Herndon Graddick.
"Os transexuais ainda têm negado a igualdade de oportunidades em termos de habitação, emprego e saúde. A decisão de hoje está em consonância com o crescente apoio público aos transexuais de todo o país", acrescentou.
Paula Shugart, presidente da Organização Miss Universo, disse no site da GLAAD: "Temos uma longa história de apoio à igualdade para todas as mulheres, e isso é algo que levamos muito a sério".
A reversão dessa política de longa data veio após uma campanha de Talackova, 23 anos, que afirma ter passado pela cirurgia de troca de sexo porque nasceu no "corpo errado".
Com cabelos loiros, pernas longas e feições delicadas, Talackova tinha sido selecionada para participar do concurso Miss Universo Canadá, realizado em 19 de maio, mas foi desclassificada no mês passado quando se descobriu que era transexual.