Morales destacou ainda que "houve muitos comentários que seriam rompidas as relações com o Brasil, mas concordamos com a presidente brasileira de que, em relação a empresas que não cumprem com seus compromissos na execução de algumas obras, quem tem que pagar são os presidentes, embora não seja culpa nossa".
Morales anunciou na terça-feira passada o início de trâmites legais para anular o contrato de construção de dois trechos de uma polêmica estrada na Amazônia, a cargo da empresa brasileira OAS, por descumprir os termos acordados.
O governante boliviano comunicou à imprensa no Palácio Quemado a decisão, que atribuiu "outra vez ao descumprimento por parte da OAS" dos trabalhos de construção dos trechos I e III da rota Villa Tunari-San Ignacio de Moxos, no nordeste boliviano.
Morales enumerou casos nos quais a OAS descumpriu anteriormente, como nas estradas Uyuni-Potosí-Uyuni e Potosí-Tarija, ambas no sul do país.
Entre as acusações, está, "por exemplo, a suspensão do trabalho feito pela OAS nos trechos I e III sem justificativa nem autorização, o descumprimento da empresa na mobilização de maquinaria e equipamentos para a construção dos trechos I e III", mencionou.