O governo argentino da presidente Cristina Kirchner afirmou hoje que não vai pagar o valor de US$ 10,5 bilhões que a Repsol pede pela expropriação de 51% de suas ações na YPF, segundo afirmou o secretário de Política Econômica e vice-ministro de Economia, Axel Kicillof. "Não vamos pagar o que eles querem, esse US$ 10 bilhões", afirmou Kicillof em tom agressivo durante apresentação no Senado argentino do projeto de lei de expropriação das ações.
"Estamos em condições de dizer que os números que falavam sobre o valor da companhia, de maneira imprudente, vão ser revisados na medida em que formos conhecendo informações secretas que a empresa manejava", afirmou.
O vice-ministro classificou o estatuto da YPF como muito "leonino" e opinou que devia ser porque os diretores "perceberam que tinham a galinha dos ovos de ouro e disseram: vamos fazê-la parir, mas vamos garantir que ninguém possa farejar nada". Segundo ele, o governo descobriu uma dívida próxima de US$ 9 bilhões da companhia.