A justiça militar rejeitou nesta quarta-feira o pedido para o arquivamento das acusações solicitada pela defesa de Bradley Manning, o soldado acusado de repassar documentos ao site WikiLeaks. A audiência preliminar na justiça militar aconteceu em Fort Meade (Maryland).
Os advogados do soldado de 24 anos, acusado de vazar centenas de milhares de documentos secretos quando era analista de inteligência no Iraque, alegavam que a promotoria não cumpriu a obrigação de compartilhar informações importantes e, por consequência, o caso deveria ser abandonado.
Mas a juíza, a coronel Denise Lind, disse na audiência preliminar que a corte não havia encontrado evidência de má conduta da promotoria. "O governo compreendeu corretamente sua obrigação de compartilhar informação relevante com a defesa", afirmou Lind, que marcou para 21 de setembro a data de tentativa para o início do julgamento de Manning.
Analistas legais já haviam afirmado que era pouco provável a retirada das acusações. A juíza também deve pronunciar-se sobre uma moção da defesa que solicita acesso para um depoimento ante um grande júri federal que está analisando o caso do vazamento ao Wikileaks.