A Justiça do Chile julga as denúncias feitas pelo Ministério Público contra o ex-vice-ministro do Interior do país Patricio Rosende e sete ex-funcionários públicos, entre civis e militares, por suspeitas de falhas na conduta e de não alertar a população sobre a ameaça de tsunami, em 27 de fevereiro de 2010. Um terremoto de 7,4 graus de magnitude na escala Richter, seguido por tsunami, causou 524 mortos.
A maioria dos acusados era vinculada à Onemi, a agência chilena de emergências. A Justiça avalia se os denunciados tinham condições de alertar a população antes de a onda gigante atingir a Costa do Chile.
O julgamento deve se prolongar por três dias.
O ex-ministro nega as acusações. Rosendo disse que fez o que estava ao seu alcance. Na época do terremoto, ele era presidente do Comitê de Operações do Setor de Emergências da Onemi.
O terremoto seguido por tsunami ocorreu durante o governo da ex-presidenta Michelle Bachelet, antecessora do atual presidente chileno, Sebastián Piñera. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro chefe de Estado a visitar o Chile e oferecer ajuda.