Os estudantes espanhóis saíram às ruas nesta quinta-feira para protestar contra os cortes na educação, no primeiro de vários dias de protestos contra as políticas de austeridade em todo o país.
Em Madri, centenas de estudantes do ensino secundário se reuniram diante do Ministério da Educação ao meio-dia, antes de uma manifestação prevista para a tarde que devia começar na estação de Atocha às 18h00 locais (13h00 de Brasília).
"Convocamos a mobilização como uma resposta inicial ao que estão fazendo. São agressões sem precedentes contra a educação pública nos últimos 35 anos", disse Delgado, afirmando que as reformas, segundo os manifestantes, estão arruinando seus estudos.
Enquanto a Espanha tenta estabilizar suas finanças públicas, escolas e universidades têm se queixado nos últimos meses dos cortes nos recursos destinados à pesquisa e do aumento da carga de trabalho para os professores.
Depois do último protesto estudantil, no dia 29 de fevereiro, o governo anunciou mais cortes de 3 bilhões de euros, aumento de alunos por classe e elevação das taxas universitárias, que passaram de uma média de 1.000 euros para cerca de 1.500 euros.
O governo afirma que as medidas são cruciais para reativar a economia espanhola, que voltou a cair em recessão no primeiro trimestre deste ano, mas os estudantes afirmam que estão acabando com o sistema educacional e com suas perspectivas de encontrar um emprego.