Klaas Faber era procurado pela justiça holandesa há anos. Ex-membro do comando da SS Silbertanne, foi condenado à morte em seu país em 1947 por matar 22 judeus.
Sua pena foi comutada para prisão perpétua, mas conseguiu fugir da prisão em 1952, refugiando-se na Alemanha.
Em 1957, um segundo julgamento despronunciou o caso e Faber vivia desde então tranquilamente na pequena cidade bávara de Ingolstadt.
Em 2004, a Holanda tentou fazer com que Faber cumprisse na Alemanha a condenação imposta pela justiça holandesa, mas este pedido foi rejeitado por um tribunal alemão com base na decisão de 1957.
Em novembro de 2010, Haia emitiu uma ordem de prisão europeia contra Faber, mas a justiça alemã voltou a rejeitar a extradição, já que a Alemanha não extradita seus cidadãos, e o nonagenário adquiriu a nacionalidade alemã ao entrar na SS, em virtude da promulgação de uma lei nazista.
No entanto, a legislação prevê que um país europeu que rejeita uma extradição seja obrigado a cumprir a condenação pela qual foi solicitada sua extradição.