Não há informações sobre o resultado da reunião de Annan com Assad. Mas o vice-ministro informou que o governo respeitou o cessar-fogo, negociado por Annan em 12 de abril, e se houve transgressões foram de "outra parte”, indicando responsabilidades da oposição.
É a segunda visita de Annan à Síria desde o início de sua missão, há três meses. Ele chegou a Damasco nessa segunda-feira, um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU ter condenado o governo sírio por utilizar artilharia no massacre de 108 pessoas, na cidade de Houla.
O plano de paz apresentado por Annan tem por base um cessar-fogo, iniciado em 12 de abril. Porém, o plano não foi respeitado nem mesmo com a presença de uma missão de observadores da ONU. Os observadores foram alvos de vários ataques nos últimos dias.
No mesmo momento em que Annan negocia com Assad, o governo da Austrália anunciou a expulsão de dois diplomatas sírios do país em protesto ao massacre de Houla. O encarregado de negócios da Síria na Austrália (que cumpre o papel de embaixador), Jawdat Ali, foi notificado da decisão das autoridades australianas e deve deixar o país acompanhado de um colega diplomata em até 72 horas.
"Não haverá mais ligação oficial entre a Austrália e o governo sírio enquanto o país não aceitar o cessar-fogo definido pelas Nações Unidas e der passos ativos para implementar o plano de paz acordado com o emissário especial Kofi Annan", disse o ministro das Relações Exteriores da Austrália, Bob Carr. "Esse massacre matou mais de 100 homens, mulheres e crianças em Houla, foi um crime horrível e brutal."