Ao lado de fora do tribunal onde Mubarak estava sendo julgado, opositores de seu governo e parentes de pessoas mortas durante o levante antirregime comemoraram a condenação do ex-presidente.
Houve confrontos entre opositores, policiais e simpatizantes de Mubarak nos arredores da Corte. Muitos egípcios também se queixam que a polícia do país, à qual se atribuI a culpa por muitas das mortes na revolução, e outros pilares do regime de Mubarak mantiveram seu poder, sem que houvesse reformas institucionais profundas.
A Justiça egípcia também condenou o ex-ministro do Interior Habib Al Adly à prisão perpétua por participação na morte de manifestantes antirregime pelas forças de segurança do país.
Mubarak e seus dois filhos - Gamal e Alaa - foram inocentados de acusações de corrupção. Os dois ainda serão julgados por suposta manipulação do mercado financeiro.
Gritos e confusão eclodiram no tribunal quando o veredicto foi anunciado. Um dos motivos aparentes é a absolvição de quatro assessores de Adly, que também eram acusados de participar da repressão a manifestações.
Mubarak, por sua vez, negava ter ordenado a matança de manifestantes desarmados, nos primeiros dias da revolta que durou mais de duas semanas no Egito em 2011 e que ainda reverberam em diversas nações árabes.
O juiz do caso, Ahmed Refaat, disse que o povo sofreu com 30 anos de "escuridão" sob o governo Mubarak, mas alegou que o julgamento do ex-líder foi justo.